Há, pois, que ousar falar do gosto da questão
do tom que usou Hipólito com seu Delfim:
"não me deixes (imploro-te) fora de mim
de toda esta atrelagem faz afirmação
sê manada de cascos danando-me em chão
sê sopro violento, arado verbatim
sulcando o que é já sulco (lavra por palavra)
sê qualquer outro horror, mas efémero – não,"
Delfim com seu Hipólito usou modos tais
que nenhum verso pode fazer jus ao verbo:
"serei em tua areia arriba que derrui
deixando em suspensão alas colaterais
serei o nome Páscoa em língua rapa nui
serei qualquer horror, efémero – jamais"