quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Se este poema fosse um fóssil de música

a a’ a’’ a’’’
quantas sílabas métricas terá um grito?
quanto se pode ler da história da vida
no mineral do verbo que se infiltra
nas partes que, mais duras, decaem
nela mais devagar? se a planta
em desespero se torna
carnívora, não pode
a múzica ser imagem?
sou uma pessoa, sou poço
de contradições, de tradições,
de traições, de iões, autor e leitor
preso no elevador, içado de um sono
de morte pelo amor presente de um café.

Sem comentários:

Enviar um comentário