Agora, já há músicos que escrevem para o vento.
Mas, como acontece com qualquer instrumento, também nele se pode tocar
Bach.) O vento é uma
escrita, como todas as escritas transparente, que se mete nas ilusões qual
piolho por costura. É só catá-lo: que nas árvores as folhasª fazem cheerleading
às flores e aos frutos, que as nuvens são djs do disco solar, que o norte é uma
preposição magnética (norte ponticello). O vento muda estados de coisas, de
sítios, de emergências, coisas tão simples como uma letra que noutra se perde,
e já o espírito do vento XVI é um adolescente que pergunta a outro: por que
manténs a roupa absurda sobre o corpo? Proselitismo? Não, isto chama-se poeselitismo. Da janela do meu quarto,
vejo um baloiço tão sozinho de fé e de infância que, quando baloiça, enferruja
a brisa.
*O presente texto contém uma "iluminação" que não é possível reproduzir no âmbito deste blogue.
*O presente texto contém uma "iluminação" que não é possível reproduzir no âmbito deste blogue.
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