As gaivotas estão a ocupar
o Porto, cidade aberta. Já ocuparam aquele nicho de mercado que as pombas
lentamente construíram no coração das velhinhas de jardim. Já ocuparam os
ninhos que desde sempre os cucos armaram nos relógios de parede. E ocuparam também
o posto das cegonhas que trazem meninos e meninas da vila de Paris. Os artistas
do lugar estão, contudo, a lutar contra tal hegemonia. Já criaram a andouraine
e a melrure, e estão agora a trabalhar na pardalette. Por baixo, a cidade,
barroca nos ruídos e movimentos que se fundem e confundem, dança.
*O presente texto contém uma "iluminação" que não é possível reproduzir no âmbito deste blogue.
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