Muda de amor, sim. Mas não como quem muda de camisa, nem como esses restaurantes chineses que, todos, de repente, se tornaram japoneses. Muda de amor como a agulha de uma bússola raramente se inicia no seu ponto final. Muda de amor como a nave sucumbindo ante a camisa-de-forças marcianas, ou como a aurora, que após ter sido crismada pelo príncipe, se passou a chamar boreal. Muda de amor, sim.) Mas como quem faz, de um direito de esquerda, um gancho de boxeur. Muda de amor como aquele condutor que o GPS converte em, do mundo, um Teseu, ou como muda o sangue feminino à passagem dos meses, à passagem da uberdade e das traições da idade.
*O presente texto contém uma "iluminação" que não é possível reproduzir no âmbito deste blogue.
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