quarta-feira, 6 de setembro de 2017

(estrela de mel)

Muda de amor, sim. Mas não como quem muda de camisa, nem como esses restaurantes chineses que, todos, de repente, se tornaram japoneses. Muda de amor como a agulha de uma bússola raramente se inicia no seu ponto final. Muda de amor como a nave sucumbindo ante a camisa-de-forças marcianas, ou como a aurora,                       que após ter sido crismada pelo príncipe, se passou a chamar boreal. Muda de amor, sim.) Mas como quem faz, de um direito de esquerda, um gancho de boxeur. Muda de amor como aquele condutor que o GPS converte em, do mundo, um Teseu, ou como muda o sangue feminino à passagem dos meses, à passagem da uberdade e das traições da idade.


*O presente texto contém uma "iluminação" que não é possível reproduzir no âmbito deste blogue.

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